Procedimento mostra como delimitar uma área a partir de pontos dispersos
Este artigo vai mostrar o processo de transformação de um conjunto de pontos em polígonos e serve tanto para aqueles que lidam com adensamento de pontos, por exemplo, adquiridos através de sobrevoos com drones, quanto para aqueles que fazem coletas ou monitoramento de espécimes de vegetação in situ, e que gostariam de delimitar e calcular a área abrangida por esses pontos.Com base nisso, apresentaremos o mesmo procedimento para três agrupamentos de pontos com densidades diferentes (1.500; 15.000 e 150.000 pontos) e, com isso compararmos os resultados. O procedimento é bastante simples e faz uso do algoritmo Forma Côncava (Concave Hull), que funciona, basicamente ao contrário da função Convex Hull (Forma Convexa).
O recurso está escondido na Caixa de Ferramentas do QGIS, ao invés de estar contido no menu Vetor.
Primeiramente, importe o arquivo correspondente aos pontos no QGIS e em seguida abra a Caixa de Ferramentas Processamento do programa. Para isso, clique no menu Processar > Caixa de ferramentas. Ou simplesmente digite o atalho Ctrl+Alt+T.
Os formatos testados para este procedimento foram: SHP, KML e GPX

Com a caixa de ferramentas aberta, digite no campo de busca a expressão Forma Côncava e logo lhe será mostrado o algoritmo de interesse. Clique duas vezes para abrir a janela de diálogo.

Com a janela de diálogo devidamente aberta, observe os seguintes destaques:[1] Selecione a camada correspondente ao arquivo de pontos que você dispõe;[2] Defina o limite da precisão da sua poligonal pretendida;[3] Selecione o diretório onde deseja salvar o arquivo.
Observe que, para camadas com poucos pontos, deve ser definido o limite 0.1. Isso fará com que vazios entre os pontos sejam ignorados (se esta for sua necessidade) e assim obtenha-se um polígono inteiriço. Para camadas com muitos pontos, recomenda-se setar o limite em 0.05 para se alcançar um resultado mais fidedigno.

Para o primeiro caso, foram definidos os limiares com valores 0.1 e 0.05, respectivamente para um arquivo com cerca de 1.500 pontos e abaixo seguem os resultados alcançados.

Para o segundo experimento, foram definidos os limites de 0.3 (padrão do algoritmo), 0.1 e 0.05 para um shapefile contendo aproximadamente 15.000 pontos. Abaixo, seguem os resultados.

Por fim, o último teste. Aqui, utilizou-se um arquivo com cerca de 150.000 pontos e foram repetidos os valores dos limiares do experimento anterior; obtendo-se assim, os seguintes produtos.

Diante dos resultados apresentados, pode-se afirmar que quanto menor for a o limiar, melhor será a qualidade da forma da poligonal, independentemente da densidade de pontos. Entretanto, convém mencionar que o algoritmo apresenta erro quando o valor do limiar é igual a 0 (zero).Se você gostou do artigo e quiser ver o vídeo deste processo, acesse nosso canal no Youtube clicando neste LINK.Por hoje é só. Até a próxima dica.