O último artigo da série Criando mapas anamórficos com Software Livre mostrará como criar um mapa de bolhas usando o software GeoDa.
Em 2013, quando eu ainda mantinha o blog Geoparalinux, fiz uma review rápida do programa e, naquela oportunidade disse que o GeoDa era um software de geoestatística open source.
Dentre os muitos recursos que o programa possui, destaco os seguintes:
Distribui os valores de uma variável Z tanto em mapas quanto em gráficos a partir de
agrupamentos em Quantil, em Percentagem, Desvio Padrão, Intervalos Iguais, Valores
Únicos e Quebras Naturais.
Em relação aos tipos de gráficos gerados são: Dispersão, Histograma, Box Plot, Carta de
Bolhas.
Também é possível gerar análises de regressão e gerar mapa de clusters.
Um outro recurso interessante é a geração de gráficos em 3D.
Para fazer o download do programa, clique neste link.
Existem versões para as plataformas Linux, Windows e Mac OSX tanto 32 quanto 64 bits.
Para realizar esse procedimento, o usuário não precisa ter experiência alguma, basta apenas carregar o shapefile e gerar o mapa de bolhas.
Para isso, instale o programa e execute-o.
O GeoDa, quando abrir, terá essa aparência, baseada nos menus e icones; lembrando um pouco a interface gráfica do Envi 4.x.
Para importar um shapefile, clique no único ícone que se encontra habilitado ou vá no menu File > New ou ainda digitando o atalho Ctrl+N.
Em seguida, clique no ícone de abrir arquivo e selecione o formato Esri Shapefile (*.shp). Selecione o arquivo no diretório correspondente e clique em Abrir.
Perceba que ao importar o shapefile todas as funções do programa ficam habilitadas.
Para gerar o cartograma de bolhas, clique no ícone Cartogram.
Ao abrir a janela das variáveis do cartograma, escolha o atributo desejado e clique em OK.
Para este artigo, está sendo adotado o campo correspondente à população masculina dos municípios alagoanos.
Confira o resultado à direita.
Infelizmente o mapa não é salvo em shapefile ou qualquer outro formato no qual seja possível manipulá-lo em ambiente GIS. Os únicos formatos em que se pode salvar o mapa são PNG e BMP.
Caso queira salvar o mapa (que na verdade não é um mapa mas um gráfico), basta clicar com o botão direito do mouse e clicar em Save Image As. Escolha o diretório, selecione o formato e clique em Salvar.
Caso deseje alterar o tipo de agrupamento das classes, clique novamente com o botão direito do mouse sobre o mapa, vá até Classifications Themes e escolha o que melhor lhe atender. Neste caso, optei pelo tipo de agrupamento de Quebras Naturais (jenks) com seis classes.
E assim fica o mapa.
Bom, assim finalizo esta série, esperando ter colaborado de alguma forma com o seu conhecimento acerca do tema abordado nesses quatro artigos.
Se você perdeu os três primeiros, clique nos links abaixo e faça uma ótima leitura.
Criando mapas anamórficos com Software Livre – Parte 1: ScapeToad
Criando mapas anamórficos com Software Livre – Parte 2: Cartogram Plugin no QGIS
Criando mapas anamórficos com Software Livre – Parte 3: Procedimento Manual no QGIS